O Ministério Público suspeita que o segurança Lúcio Lopes Ursulino, de 41 anos, possa ter abusado sexualmente de até 20 adolescentes. Ele foi preso em sua casa, no Jaçanã, zona norte, na última segunda-feira, por policiais do Grupo de Repressão e Análise de Delitos de Intolerância (Gradi). Mas os promotores, que acionaram a polícia após o recebimento de uma denúncia anônima, decidiram só revelar o caso após localizarem pelo menos uma das vítimas. Ursulino era funcionário da empresa Gocil e prestava serviços no Hospital Santa Catarina. Na casa que dividia com a mãe, a polícia encontrou vídeos e fotos de garotos nus. Em algumas das imagens, o vigilante aparece molestando os menores. Um dos meninos, identificado por meio das fitas, disse que Ursulino os atraía com a promessa de presentes e depois os forçava a manter relações sexuais. Segundo o promotor Gilberto Leme Marcos Garcia, Ursulino admitiu ter mantido relações com menores, mas afirma que todos tinham mais de 14 anos. "Ele é esperto, sabe que o crime de atentado violento ao pudor só se caracteriza quando as vítimas têm abaixo dessa idade. Acima dos 14, o crime é de corrupção de menores", explicou. Ursulino ocupa uma cela no 77º Distrito Policial e, se for condenado, poderá pegar até 10 anos de prisão por crime praticado.