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Seguro será pago mesmo com um a mais, diz Unibanco

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Por Rosangela Dolis e Fausto Macedo
Atualização:

A seguradora Unibanco AIG, líder da apólice de seguro da TAM, garantiu ontem que o documento oferece cobertura suficiente a todos os riscos que uma empresa como a TAM corre. Segundo Antonio Trindade, diretor da empresa, desde ontem familiares estão sendo orientados sobre como agendar reuniões e tratar de indenizações. No início da noite, executivos da TAM e da seguradora se reuniram com familiares das vítimas no Hotel Blue Tree. "Vamos ter dois locais para receber essas pessoas, um em São Paulo e outro em Porto Alegre. A disposição é fazer acordos e o mais rápido possível." Trindade não quis revelar o valor contratado pela TAM no seguro, mas garantiu "que a apólice é de padrão internacional, de primeiro mundo, desenhada e construída há muitos anos." A seguradora não revelou nem estimativa sobre o total a ser pago, mas Trindade antecipou que o processo de pagamento será parecido ao adotado no caso da cratera do Metrô, em que a seguradora também era a emissora da apólice de seguro. Embora a aeronave trouxesse um passageiro a mais que o número oficial de assentos, Trindade considerou "especulação" a possibilidade de que isso possa invalidar a apólice. O passageiro era Marcos Stepanski, funcionário da TAM. Ele garantiu que não há restrição de pagamento por ter uma pessoa a mais. "Se tinha, a pessoa estava sentada, porque um avião não decola com alguém em pé." Ele esclareceu que os valores da indenização são decididos caso a caso, pois dependem da situação de cada vítima, como idade, renda e dependentes. E explicou que apenas 5% do total da apólice da TAM está no Brasil, liderados pela Unibanco AIG. Outros 95% foram para o Instituto Brasileiro de Resseguros (IRB), que repassou grande parte a seguradoras no exterior lideradas pela AIG. Da parte brasileira, 96% estão com a Unibanco AIG e 4% com a Bradesco Seguros. O resseguro é um mecanismo que permite que seguradoras e resseguradoras dividam riscos. Ontem, o Ministério Público Estadual deu prazo de 15 dias para que a TAM informe sobre o cronograma de indenizações. E pediu a mais ampla indenização possível às vítimas.

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