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Seis feridos em confronto entre camelôs e guardas, no Rio

Por Agencia Estado
Atualização:

Um confronto entre ambulantes e guardas municipais no centro da cidade, na tarde de desta sexta-feira, terminou com seis pessoas feridas. A confusão começou quando os guardas tentaram apreender o material vendido na Avenida Rio Branco. Em maioria, os camelôs começaram a lançar pedras sobre os policiais, que reagiram com golpes de cassetete. Houve pânico e algumas lojas fecharam as portas. O comandante da Guarda, Carlos Moraes Antunes, disse não ter sido informado sobre a operação e atribuiu a responsabilidade ao subprefeito do centro, Breno Arouca. Dois guardas municipais, dois camelôs e dois pedestres foram atendidos no Hospital Souza Aguiar com ferimentos leves. "Foi uma operação amadora e desastrosa, ordenada pelo subprefeito", criticou. Uma sindicância foi aberta para apurar excessos por parte dos guardas. A obstrução ao trabalho da imprensa foi outro ponto que incomodou o comandante. "Isso é uma das coisas mais lamentáveis. Fui capitão do Batalhão de Choque da PM e me livrei de um processo graças a imagens de televisão", afirmou. Durante o tumulto, guardas municipais tentaram impedir que uma equipe de reportagem da TV Globo filmasse o conflito. Antunes explicou que a Guarda Municipal não é o órgão responsável pela fiscalização dos camelôs. Esse trabalho é feito pela Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização da Prefeitura com o apoio da corporação. "Quando você planeja uma ação, você a executa com segurança". O comandante disse que a ocorrência chegou à Polícia Militar como um grande arrastão na Avenida Rio Branco, onde estão localizadas várias agências bancárias, o que colocou em alerta todos os batalhões da área. Operações como essa devem ser planejadas com antecedência, levando em consideração a concentração de camelôs na área, explicou Antunes. O que se viu ontem, em sua opinião, foi o desrespeito a essas regras básicas. "Foi um improviso. Por isso deu no que deu, criando um pânico desnecessário na população." A subprefeitura do centro não emitiu qualquer comunicado oficial sobre o assunto.

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