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Sem água e sem luz na beira da represa

Moradores sonham com urbanização

Por Eduardo Reina , Diego Zanchetta e SÃO PAULO
Atualização:

A portuguesa América dos Anjos Martins, de 55 anos, está desde 1968 no Jardim Shangri-lá, último bairro do Grajaú, extremo sul da capital, às margens da balsa da Represa Billings. Ela reclama da falta de infra-estrutura do bairro, principalmente da falta de água. Apesar de estar ao lado do manancial, ontem as torneiras estavam secas em casa. "Falta água todo dia", diz. Na região em que mora estão previstas obras de urbanização. No bairro ao lado, Jardim Prainha, o comerciante Domingos de Oliveira Filho também aguarda as benesses da lei da Billings e reclama da falta de energia elétrica. "Parece que a gente não paga imposto. Mas o IPTU daqui é igual ao de todo mundo. Uma noite falta luz desse lado da rua e outro dia, do outro lado da rua", contou Oliveira, que mora ali desde 79. "Em São Bernardo temos o bairro ecológico (Pinheirinho) ao lado da Billings. Fazemos um amplo debate com a comunidade para demonstrar quais são os riscos de uma ocupação desordenada, sem regulamentação. O asfalto é permeável e há vários outros benefícios. E, mesmo com o controle rígido, vemos que a especulação imobiliária cresce, assim como a ação de antigos loteadores", observa a diretora de Meio Ambiente da prefeitura de São Bernardo, Sonia Lima.

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