Sem-teto é assassinado por rir, em SP

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Por Agencia Estado
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As risadas do sem-teto alagoano Manoel Batista Jacinto, de 49 anos, juntamente com a filha e o namorado dela, revoltaram uma mulher, como eles, moradora no alojamento da Av. Rodrigo Daunt, no Conjunto Haddad, na Zona Oeste da capital paulista. Ofendida, por acreditar que era o motivo do riso, ela telefonou para o marido. Este chegou, pouco depois, armado com um revólver. Manoel foi assassinado com um tiro no abdome e outro na face. Até o momento, a polícia sabe apenas que o homicida tem o prenome de Leonildo e que sua mulher, Eliana, é conhecida como ?Big Loira? e está grávida de cinco meses. Ambos ugiram no veículo do agressor, logo após os disparos. E Manoel, que vendia caixotes para comerciantes do Ceagesp, morreu ao ser socorrido por PMs da guarnição 04212, ao PSM da Lapa. Segundo apurou a polícia, os desentendimentos entre os moradores daquele alojamento para sem tetos começaram há cerca de 10 dias, por causa de um aparelho de som em alto volume. A filha de Manoel brigou com o filho de Leonildo e houve troca de ameaças entre os pais. Desde então, tudo o que um deles fizesse era considerado provocação. Na noite desta segunda-feira, por volta das 20h30, a ?Big Loira? estava chegando ao alojamento quando viu os três rindo bastante. Ela revoltou-se e trocaram insultos. Do telefonema ao marido à chegada dele, passaram-se poucos minutos e, segundo testemunhas, Leonildo já desceu do carro com a arma em punho. O delegado Eymar Bertho Ferreira Jr., do 91º DP - Ceasa/Vila Leopoldina registrou o homicídio e ordenou aos policiais daquele distrito que procurassem pelo criminoso e pela ?pivô? do caso. Até o início da madrugada, porém, eles não haviam sido localizados.

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