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Sem-teto protestam e paralisam trânsito em Salvador

Segundo o MSTS, manifestação tem como meta 'diminuir o déficit habitacional' da capital baiana

Por Tiago Décimo
Atualização:

Comandados pelo Movimento dos Sem-Teto de Salvador (MSTS), grupos de integrantes de movimentos de luta por moradia popular realizaram, entre a manhã e o início da tarde desta segunda-feira, 1.º, em Salvador, diversas manifestações em vias estratégicas para a circulação de veículos da capital baiana. O protesto marca o Dia Nacional pela Reforma Urbana.   Como resultado, a série de protestos deixou interditadas tanto avenidas importantes - como a Octávio Mangabeira, que margeia a orla, e a Bonocô, que liga o centro financeiro à região administrativa de Salvador - quanto rodovias, caso da BR-324, a mais movimentada da Bahia, que liga as duas maiores cidades do Estado, Salvador e Feira de Santana. O trânsito na cidade ficou parcialmente paralisado durante todo o período e continua sofrendo os reflexos da manifestação.   "Só assim conseguimos chamar a atenção da sociedade para a necessidade urgente de diminuir o déficit habitacional da cidade", afirma uma das lideranças do protesto, Maria Clara Gonçalves, de 37 anos. Segundo a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), apenas na capital, o déficit habitacional chega a cerca de 150 mil moradias.   Segundo os organizadores da manifestação, o objetivo é pressionar os governos municipal e estadual negociar a aceleração e o aumento do repasse de recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) para a construção de moradias. "Nosso problema é urgente, a gente não pode ficar adiando", diz Maria Clara.

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