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Sem-teto sofrem novo despejo em São Bernardo

Por Agencia Estado
Atualização:

Menos de 48 horas depois de serem despejados do terreno da Volkswagen, os sem-teto enfrentaram nesta sexta-feira uma nova reintegração de posse. O mandado, expedido pela 2ª Vara Cível da cidade, obrigava as cerca de 400 pessoas que estavam acampadas no Paço Municipal de São Bernardo do Campo a deixarem a área. Uma suposta ameaça de bomba também fez com que a Câmara fechasse mais cedo. Nenhum explosivo foi encontrado. No começo da tarde, o número de sem-teto que ocupavam a praça em frente ao Paço Municipal já era maior que o do dia anterior. Depois de serem despejados do terreno da Volks, ocupado desde o dia 19 de julho, cerca de 100 pessoas fizeram uma passeata rumo à prefeitura de São Bernardo. Como não houve negociação, os sem-teto decidiram ficar no local. O oficial de Justiça que trazia o mandado de reintegração de posse chegou por volta de 17 horas. O determinava o despejo imediato das famílias acampadas na Praça Samuel Batistini. A ação foi movida por dois procuradores do município. "Não temos tempo para recorrer", disse Eliana Lúcia Ferreira, advogada do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). A prefeitura também entrou com uma representação criminal contra líderes do movimento, por dano ao patrimônio público e incitar publicamente prática de crime. Como já havia ocorrido durante reintegração na Volks, líderes do MTST optaram por uma saída pacífica. A cena, então, se repetiu. Aos poucos, as famílias recolhiam seus pertences e colocavam em cima dos quatro caminhões cedidos pela prefeitura. Muitas delas já tinham armados barracas de lona nos jardins da praça. Uma ambulância e homens do Corpo de Bombeiros também foram mobilizados. Um pequeno efetivo da PM acompanhava a retirada.

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