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Sem um dos dedos, comerciante é solto de cativeiro em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

Seqüestrado há 17 dias, o comerciante R.P.B.C., de 24 anos, foi solto, no início da noite de ontem, sem um dos dedos mínimos, do cativeiro, um sobrado mobiliado de alto padrão, localizado na Rua Engenheiro Plínio Antonio Branco, nº 14-A, na Vila Arizona, zona Leste da capital paulista. Os bandidos, que a princípio exigiram R$ 400 mil da família da vítima para que o rapaz fosse libertado, diante da demora nas negociações, pois o valor do resgate estava muito alto para os parentes do comerciante, resolveram cortar um dos dedos da vítima. A família foi comunicada sobre o local onde o dedo de R.P.B.C seria dexado, na Rodovia Presidente Dutra. "A família do rapaz, que foi seqüestrado na porta de casa, chegou a ir até a rodovia ontem, mas não encontrou o dedo da vítima.", afirmou o tenente da PM. Depois de uma denúncia anônima, ao Disque-Denúncia, na tarde de ontem, os policiais militares do 2º Batalhão foram até a casa usada como cativeiro e lá detiveram Zenilda Maria Silva Santos, 40, e o menor R.M.M., 14, irmão da dona da casa, Dulcinéia Mariano, 35, que também acabou presa logo depois. O rapaz foi encontrado pelos policiais deitado na parte inferior de um beliche, sob lençóis, o que impossibilitava qualquer visão do local onde estava. "Fomos até lá e conseguimos prender a mulher e o menor no segundo andar do sobrado; depois mantivemos contato com outro integrante da quadrilha por meio de um celular que encontramos no cativeiro", disse o tenente César Franco de Lima, um dos que comandaram os trabalhos da PM. No hotel Flor da Liberdade, localizado na Baixada do Glicério, região centro-sul da capital paulista, os policiais detiveram Dulcinéia e o advogado dela, cujo nome ainda não foi divulgado. Os policiais ligaram para a mulher que passou o telefone para o advogado. Este prometeu aos policiais dois carros, um Palio e um Golf GTI, além de R$ 5 mil para que os PMs liberassem os dois detidos na casa. Os policiais fingiram aceitar o suborno e foram até o hotel, onde detiveram a dona do sobrado e o advogado dela. Os dois carros, que não possuiam queixa de roubo, foram levados até o 24º Distrito Policial, de Ermelino Matarazzo, onde o advogado será indiciado por tentativa de suborno, além de seqüestro, como Dulcinéia e Zenilda.

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