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Semáforos em pane e ruas no escuro fizeram cenário piorar

Por Marici Capitelli
Atualização:

A professora de administração Lina Eiko Nakata, de 25 anos, saiu de Pinheiros, na zona oeste, às 14h55. Estava adiantada para o compromisso: dar aula às 19 horas em Santo André. Mas deu azar: ficou parada no km 12 da Via Anchieta, sentido São Bernardo do Campo, pouco tempo depois de a rodovia ser bloqueada, às 15h40, por causa do transbordamento do Ribeirão dos Couros - que, às 22h, ainda estava interditado. Ficou ao menos três horas parada. Foi a primeira experiência com enchente. "Se não tivesse rádio no carro ou se estivesse sem o celular, acho que estaria muito nervosa, mas é uma situação que não tem o que fazer. O jeito é se resignar", disse. Ilhada, no fim da tarde ela não sabia se tentava voltar para a Vila Mariana, zona sul, onde mora, ou se seguia para Santo André. Se voltasse, teria de passar por áreas sem luz. ENERGIA Até as 22 horas, muitos bairros paulistanos continuavam sem energia elétrica - segundo a Eletropaulo, grande parte das equipes de manutenção não conseguia chegar às estações de transmissão por causa da enchente. O resultado foram ruas às escuras e semáforos em pane. Ficaram às escuras trechos de Pirituba e Casa Verde (na zona norte), Pinheiros (na zona oeste), Vila Clementino, Jardim Aeroporto e Planalto Paulista (na zona sul), além da região central. Apesar de estimar que 50% dos locais voltariam a ter energia até as 20 horas, a empresa não sabia estimar, às 22 horas, onde a luz já havia sido restabelecida. Na região da Avenida Sumaré, na zona oeste, além dos prédios e casas apagados, o comércio teve de fechar as portas mais cedo. Sem semáforos, a CET teve de fazer um desvio no cruzamento da Rua Ministro Gastão Mesquita com a Sumaré para garantir a fluidez.

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