Senado adia votação de redução da maioridade penal

Votação foi marcada para 28 de fevereiro; senador do PFL propõe redução para 16 anos e congressista do PT quer maior punição para quem aliciar menores

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um pedido de vista coletivo, de iniciativa do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), adiou para dia 28 de fevereiro a votação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, do substitutivo do senador Demóstenes Torres (PFL-GO) às emendas que propõem a redução da maioridade penal. Na sua proposta, Torres baixa de 18 anos para 16 anos a idade a partir da qual um criminoso pode ser condenado e preso. A proposta de Torres prevê que só sejam punidos com pena de prisão os menores que praticarem os chamados crimes hediondos. Nos outros casos, como furto, o juiz decretará medidas sócio educativas, como a liberdade vigiada pelos pais e a obrigatoriedade de assistir a cursos. Mercadante pediu que, no lugar dessa proposta, seja votada outra, agravando a pena de adultos que aliciarem menores para o crime. Segundo o senador petista, estatísticas existentes no Brasil mostram que apenas 2% de todos os crimes são cometidos por menores - 73% dos casos estão relacionados a crimes contra o patrimônio e os demais são furtos. Já Demóstenes Torres alegou que a idade penal em vigor (18 anos) foi adotada em 1940 e que, de lá para cá, o discernimento dos jovens cresceu muito. "Ao ponto de uma pessoa de 16 anos saber com exatidão o que é certo e o que é errado."

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