Senador diz promover o turismo e a cultura

Gim admite que não conhece institutos e afirma se guiar pelo 'mérito' dos projetos

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Por Redação
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Procurado pelo Estado, o senador Gim Argello (PTB-DF) disse que, apesar de destinar emendas a institutos sob suspeita, não costuma conhecê-los de perto. O parlamentar afirmou que "nunca" esteve no Instituto Renova Brasil. "O que me move é o mérito do projeto, não a identidade do executor", disse. "O critério utilizado nesses casos para destinação das emendas é a promoção do turismo e o fomento da cultura no nosso país." O senador afirmou ainda que desconhece as empresas subcontratadas pelos institutos e admitiu que não acompanha a execução dos projetos que recebem suas emendas parlamentares. "O acompanhamento desses, e de todos os projetos financiados com recursos públicos, é feito pelos órgãos competentes, tanto os de controle interno quanto os de controle externo, como Tribunal de Contas da União ou a Controladoria-Geral da União", argumentou. Gim Argello justificou ainda as emendas aos institutos Renova Brasil e Projeto Viver. "O Instituto Renova Brasil encaminhou à minha assessoria um projeto para realização de evento na Granja do Torto de Brasília, de nome Encontro Cultural de Brasília, e o Projeto Viver apresentou outro, de nome São João Mió de Bão, que tratava de festas juninas em Planaltina e São Sebastião. Os eventos tiveram apoio das comunidades locais e chegaram ao meu gabinete apoiados por lideranças representativas."Ministérios. A assessoria do Ministério do Turismo informou que os convênios são aprovados com base em documentos apresentados pelos institutos. "Não faz parte de exigência legal visita à sede de entidades", explicou. A fiscalização da execução dos projetos, segundo a pasta, é feita presencialmente apenas em 35% dos convênios. O ministério alegou que adotou medidas para conter o abuso em emendas parlamentares destinadas a shows e eventos, estabelecendo, entre outros itens, um teto para emendas, eventos e cachês. O secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Menezes, negou que o Ministério da Cultura esteja financiando um "mercado dos institutos". Para ele, as irregularidades são minoria dentro dos projetos. O governo, disse, busca mecanismos para diminuir a burocracia, evitar fraudes e punir quem as comete. "Estamos em busca de ações que nos deem garantias na aplicação do dinheiro público."

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