
24 de novembro de 2010 | 00h00
O advogado de Rodrigo Jucá, Emerson Gomes, afirmou que desconhece a investigação do Ministério Público Estadual, porque seu cliente não teria sido notificado até hoje. Gomes, que também aparece como "consultor jurídico" da fundação junto ao Ministério das Comunicações, sustenta que a transferência da TV Caburaí/Band para a empresa de Rodrigo foi legal.
O advogado reconhece a existência das dívidas reclamadas por Magela, mas afirma que foram negociadas junto aos órgãos federais, tendo sido parceladas em 15 anos. Ele acusa o lobista Geraldo Magela de procurar a imprensa para "ganhar notoriedade" e de tentar "atrelar o senador Jucá" ao seu passado no comando da emissora para "obter vantagem financeira".
Ontem, o Estado publicou uma reportagem mostrando a extensão do poder de Jucá em Roraima, onde controla diversos órgãos do Estado - como a Funasa, na área de saúde, e a Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima), uma autarquia na área de infraestrutura que empregou 80 pessoas em cargo de comissão em abril.
O senador também usou a sua influência na política local para ajudar a eleger e nomear parentes. A ex-mulher e ex-prefeita de Boa Vista, Teresa Jucá, foi eleita deputada federal, o filho Rodrigo Jucá, deputado estadual. A filha de Teresa, Luciana Surita, comanda a Femact, uma fundação ligada ao governo estadual. E até a ex-sogra de Romero Jucá, Aurélia Saens Surita, de 78 anos, foi empossada na Codesaima como "assessora de diretoria".
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