Seqüestradores presos hoje têm ligações com PCC

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos dois dos 22 integrantes da quadrilha de seqüestradores apresentada hoje na Divisão de Anti-Seqüestro da Polícia Civil em São Paulo têm ligações com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), informou o delegado Antônio Carlos Heib, que comandou as operações. Um deles, do qual a polícia tem apenas o primeiro nome, Róbson, conhecido como "Marcolinha", é primo de Marcos Willians Herbas Camacho, o "Marcola", um dos principais líderes do PCC. O outro, também identificado como membro do PCC, é Émerson Ricardo Ribeiro, que está preso em Marília, no interior de São Paulo, de onde ajudou a comandar, com mais dois detentos, o seqüestro da empresária A. L., de 27 anos, ocorrido há dois meses na Vila Prudente, em São Paulo. Foi a partir da investigação do seqüestro de A. L. que a polícia identificou os 22 integrantes da quadrilha, entre eles cinco mulheres, uma delas a advogada Ana Cristina Wrigth. A.L. foi seqüestrada e libertada 24 horas depois graças a uma denúncia anônima. A partir da prisão da mulher que cuidava do cativeiro, a polícia desvendou a articulação do crime. Jucimar Aparecido Lami, funcionário de uma das empresas do pai de A. L., e sua esposa, Maria Amélia de Souza Lami, passaram para o irmão de Maria, Donizete Alves de Souza, preso por seqüestro em Taubaté, informações sobre a vítima. Dentro do presídio, Souza e os advogados Carlos Roberto Moraes Barbosa e Alexandre Barbosa Veneziani, presos por roubo e seqüestro, e mais um detento, Marcelo Correia, começaram a articular o seqüestro de A. L. Com as informações básicas sobre a vítima, eles se comunicaram com três detentos do presídio de Marília utilizando centrais telefônicas clandestinas do PCC. A partir do contato com os presos de Marília, a advogada Ana Cristina articulou a parte operacional do seqüestro, arregimentando pessoas para a ação e seguindo a vítima para traçar o se perfil e sua rotina. Dos 22 integrantes identificados, 15 estão presos, entre eles os sete que articularam a ação a partir dos presídios de Taubaté e Marília. Os outros oito foram presos nos últimos dias.

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