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Seqüestro de amigas termina sem pagamento de resgate

Por Agencia Estado
Atualização:

O seqüestro de duas amigas, na noite de quarta-feira da semana passada, no bairro do Sacomã, na zona sul de São Paulo, terminou na madrugada desta segunda-feira sem o pagamento do resgate de R$ 25 mil exigido pelos quatro criminosos. Uma das seqüestradas, T., de 14 anos, é filha de um empresário do ramo da construção. Ela e a amiga, L.O.S., de 22, ficaram cinco dias no mesmo cativeiro, sendo abandonadas em pontos diferentes da Grande São Paulo. Passaram fome e sede e voltaram para casa debilitadas. Na noite de quarta-feira, T. e L. foram atacadas por quatro homens armados, quando saíam do prédio onde moram. Os bandidos queriam seqüestrar um amigo delas, que reagiu e fugiu. Levadas para a mesma casa, foram deixadas em quartos separados. Durante o seqüestro, os bandidos fizeram contato por telefone com o pai de T. exigindo R$ 100 mil. Antes de libertar as duas, concordaram em receber R$ 25 mil. Na madrugada desta segunda, por volta da 1 hora, T. foi avisada para se preparar porque seria libertada. Os bandidos não disseram se o pai tinha pago o resgate. Durante a negociação, o pai dela repetiu várias vezes pelo telefone que não tinha condições de pagar o resgate. A garota foi deixada amarrada num terreno da Avenida Guido Aliberti, em São Caetano do Sul. Encontrada por uma mulher, foi levada até um carro da Guarda Civil. Ao guarda Nazaré de Oliveira, T. explicou que fora seqüestrada, ficara sem comer no cativeiro e contou que os bandidos a espancavam quase todos os dias. A alegação era que o pai se recusava a pagar o resgate. T. pediu que avisassem seus pais e, antes de ir para casa, esteve num hospital. L. foi libertada na madrugada deste domingo, por volta das 4 horas. Procurou a polícia em São Bernardo do Campo dizendo que fora deixada pelos seqüestradores na Estrada Velha de Santos. As duas informaram aos policiais que os bandidos estavam "inquietos" por causa da demora no pagamento. Eles comentavam que, se continuassem com as duas, poderiam ser presos. T. disse que um dos seqüestradores era chamado de Capeta.

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