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Seqüestro de crianças preocupa polícia

Por Agencia Estado
Atualização:

O aumento do número de crianças vítimas de seqüestro tem preocupado a polícia. Só neste ano, dez menores já foram levados. Alguns foram mantidos em cativeiro por longas temporadas. É o caso dos irmãos João, de 16 anos, Antônio, de 14, e Luís Felipe, de 11, filhos da socialite Cláudia Reali e do empresário João Geraldo Bordon. Eles ficaram 53 dias em poder dos bandidos. As crianças têm sido levadas, na maioria das vezes, quando estão seguindo para a escola. Com os irmãos Bordon, porém, foi diferente. Os criminosos seqüestraram o motorista da família e entraram com ele na casa do Jardim Paulistano onde a família morava. Levaram os três e Cláudia, que foi solta duas semanas depois para conseguir o dinheiro do resgate. Já a estudante A.C.F., de 11, foi levada por dois homens em uma moto na manhã de 8 de maio, na Rua Rio de Janeiro, em Higienópolis, quando ia para a escola na companhia do irmão. Filha do zelador de um prédio, a garota foi libertada horas depois, na frente do MorumbiShopping. Os seqüestradores descobriram que não conseguiriam R$ 500 mil com um pai que recebe R$ 1.200,00 por mês. Em março, o filho de um empresário coreano foi levado a caminho da colégio e solto após pagamento do resgate, duas semanas depois. Os policiais querem que a Justiça aumente a pena de quem seqüestra criança. "Se um seqüestro é crime hediondo, e o autor pode ser condenado de 12 a 30 anos, aquele que leva crianças para um cativeiro deve ter sua pena aumentada em pelo menos 50%", disse o delegado Jorge Miguel, diretor do Departamento de Investigações e Registros Diversos (Dird). Para ele, a única maneira de inibir esse tipo de crime é "pena alta e cadeia dura".

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