Sequestro é pago com cheque pré-datado e microondas

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Por Agencia Estado
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Um aparelho de som, um forno de microondas, jóias, um celular e cheques pré-datados foram utilizados para pagar o resgate de uma dona de casa, em Americana, no interior paulista. Ela permaneceu seis horas em cativeiro. Somente foi libertada depois que o marido entregou os objetos aos seqüestradores e após ter assinado cinco cheques pré-datados, dois de R$ 300, um de R$ 6 mil, um de R$ 500 e um de R$ 250. A dona de casa, que teve a identidade preservada pela polícia, foi seqüestrada quando parou para comprar um lanche, por volta das 23 horas de sábado. Ela estava sozinha, em um Ômega, e foi abordada por três homens armados. Os criminosos a levaram para uma casa, onde estavam outros sete homens e uma mulher. Os bandidos exigiram a senha de dois cartões de crédito da vítima e saíram para sacar dinheiro. Na volta, telefonaram ao marido, pedindo R$ 20 mil para libertá-la. O comerciante alegou que não tinha como conseguir o dinheiro. O resgate baixou para R$ 7 mil, mas como o marido continuava a insistir que não conseguiria o dinheiro, ficou acertado que o pagamento seria feito em aparelhos eletrônicos e cheques pré-datados. Os objetos foram levados até Hortolândia. A mulher foi libertada, depois de preencher os cheques, na madrugada de domingo, em Americana. Ela foi deixada dentro do porta-malas do carro, conseguiu sair e avisar a família. Investigadores da Delegacia Anti-Seqüestros (Deas) de Campinas e da Polícia Civil de Americana prenderam nesta segunda-feira de madrugada os seqüestradores Jeferson Leão Reis e Carlos Fabiano Catozzi. Eles são acusados de manter uma família inteira como refém em Americana e do seqüestro de uma estudante em Piracicaba. Reis, condenado a 100 anos de prisão, é considerado um dos principais seqüestradores da região de Campinas. A polícia acredita que ele seja um dos líderes de uma quadrilha. Catozzi é suspeito de ter participado da quadrilha dos Oliveira, que aterrorizou a região na década passada. Entre outros casos, os Oliveira seqüestraram Welington de Camargo, irmão de Zezé di Camargo e de Luciano. A prisão dos dois seqüestradores ocorreu na cidade de Tatuí. A dupla estava em uma casa. A Deas não informou detalhes das investigações que levaram aos seqüestradores nem da prisão.

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