Serra pede sigilo sobre indenizações do acidente do Metrô

Governador também não assegurou quando obras serão retomadas na linha 4

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), fez um apelo nesta quinta-feira, 25, para que a imprensa não noticie valores que estariam sendo pagos como indenização às famílias das vítimas do desmoronamento das obras da linha 4 do Metrô, na futura estação Pinheiros, zona oeste, na tarde do dia 12 de janeiro. "O valor não foi divulgado porque a família da advogada Valéria Alves Marmit pediu, por questões íntimas. E também não será divulgado para a segurança dessas famílias, pois são pessoas muito humildes e que não têm posses", justificou, ao reafirmar que nenhum valor de indenização será divulgado pelo governo estadual. Com relação à retomada das obras, Serra não assegurou quando isso ocorrerá. "As obras estão suspensas apenas naquela região, e assim prosseguirão até sair o laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Depois que o laudo sair, vamos pensar no que fazer", afirmou o governador. Serra também confirmou que o corpo de Cícero Augustinho da Silva, 60 anos, deve estar soterrado no fosso da futura estação Pinheiros do Metrô. Por isso, 21 bombeiros e dois cães farejadores permanecem no local, realizando buscas pela vítima. Cícero é a sétima vítima fatal confirmada, por conta do desmoronamento das obras. De acordo com o governador, somente na quarta, após receber uma relação de telefonemas do celular de Cícero, fornecida pela operadora de telefonia móvel Claro, foi possível ter mais certeza de que a vítima estava no local no momento da tragédia. Uma testemunha relatou ao governador que teve contato com Cícero momentos antes do incidente. Segundo o secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, as buscas seguirão por meio da redução do nivelamento do local, com a retirada de entulhos da obra.

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