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Serra promete completar duplicação da Régis Bittencourt

Candidato disse que a estrada teve um "grande avanço" no governo de Fernando Henrique Cardoso, mas continua inacabada

Por Agencia Estado
Atualização:

Acusado pelos concorrentes de fazer campanha para a Presidência, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, retomou neste sábado, em Registro, no Vale do Ribeira, o discurso regional. Ele prometeu, se eleito, usar todo seu "peso" de governador para conseguir que o governo federal complete a duplicação da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), que liga São Paulo a Curitiba. A rodovia corta a região e sua duplicação está parada há mais de dez anos nos 37 quilômetros da Serra do Cafezal, entre Juquitiba e Miracatu. Serra considerou "uma vergonha" a não conclusão da obra. Segundo ele, a estrada teve um "grande avanço" no governo de Fernando Henrique Cardoso, mas continua inacabada. Ele disse que a condição social do Vale melhorou graças à atuação do governo nos últimos anos. "Mas precisamos de mais empregos e atividade produtiva e para isso precisamos de estrada." O ex-prefeito de São Paulo disse que não conhece o plano do governo federal de privatizar a rodovia, mas disse que, onde houve privatização em São Paulo, as estradas melhoraram. Lembrou que, quando ministro, fez um mutirão de saúde no Vale do Ribeira, uma das regiões mais pobres do Estado. "Os indicadores sociais melhoraram." Numa crítica ao governo do presidente Lula, seu concorrente, disse que as medidas compensatórias, como as "bolsas disso e daquilo" não substituem o emprego. "O flagelo do desemprego só pode ser combatido com mais emprego e renda para as famílias." Ele disse que seu governo vai utilizar incentivos regionais para o ICMS e criar uma agência de desenvolvimento para São Paulo. "Essa agência repassará financiamentos com foco nos eixos de desenvolvimento - e um deles será essa região, que faz a comunicação entre duas partes mais desenvolvidas do Brasil, as regiões sudeste e sul." O candidato avaliou que a questão da segurança pública no Estado teve avanços nos últimos dias, mas defendeu a necessidade de mais presídios de segurança máxima para isolar o crime organizado. "É preciso mais trabalho de inteligência para desfazer as quadrilhas e maior integração com o Poder Judiciário, o Ministério Público e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)". Tempo maior Serra considerou que o fato de ter mais tempo do que os concorrentes para propaganda na televisão não é necessariamente uma vantagem. Ele terá 5,35 minutos, contra 3,51 minutos do petista Aloizio Mercadante e 3,37 minutos de Orestes Quércia (PMDB). "Se somar os dois principais concorrentes, eles têm quase dois minutos a mais juntos. Meu tempo não é tão grande assim, mas vamos usar para apresentar a verdade." Serra percorreu uma rua comercial, no centro da cidade, carregou crianças - riu quando uma garota de 4 anos abriu os dedos sobre sua cabeça, fazendo um chifrinho - comeu pastel e tomou café no bar do corintiano Noboro Fukomoto. Na Praça da Jóia, subiu num caixote de madeira usado para transportar laranjas ao falar para cerca de 300 pessoas. Foi saudado como "governador" pelo prefeito de Registro, Clóvis Mendes, do PMDB, que lembrou que as pesquisas lhe dão mais de 60% dos votos no primeiro turno e teria 75% no segundo turno, qualquer que fosse o candidato. Disse, porém, que pesquisas não ganham eleição. "Vamos trabalhar, porque não se ganha na véspera." Ele também fez campanha nas ruas de Iguape, no litoral sul paulista.

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