Em meio à polêmica com as centrais sindicais, o candidato do PSDB, José Serra, confirmou presença em encontro nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT) hoje em São Paulo. A ida de Serra ao evento não constava da agenda prevista do candidato, que acabou confirmando apenas ontem o convite feito havia cerca de 15 dias. A participação no evento da UGT tornou-se importante do ponto de vista político depois de as centrais soltarem manifesto no domingo acusando Serra de mentir ao dizer que foi autor de medidas a favor dos trabalhadores. A UGT afirmou que tanto Serra quanto a presidenciável do PV, Marina Silva, participarão do encontro, onde será entregue um "manifesto à nação", com propostas trabalhistas da entidade para os candidatos. No domingo, cinco centrais sindicais (Força, CUT, CGTB, CTB e Nova Central) divulgaram manifesto no site do PT acusando Serra de "impostura e golpe contra os trabalhadores". Os sindicalistas alegam que o tucano mentiu ao dizer que foi o responsável pela criação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do seguro-desemprego. Desde a fase de pré-campanha, o tucano diz ser o autor das iniciativas. As centrais, no entanto, afirmam que o autor do projeto de Lei n.º 991 de 1988, que deu origem ao FAT, foi o ex-deputado Jorge Uequed (PMDB-RS).Na ida ao encontro da UGT, Serra deve responder às centrais. Os tucanos alegam que o artigo 239 da Constituição, proposto por Serra, garantiu recursos do PIS e do Pasep para o financiamento do seguro-desemprego. Também dizem que em 1989 Serra propôs o projeto de lei 2.250, que regulamentava o seguro-desemprego e criava o FAT. Na tramitação na Comissão de Trabalho, na Câmara, foi feito texto substitutivo, que acabou juntando as duas propostas.Para as centrais, o projeto de lei de Serra "foi considerado prejudicado pelo plenário, na sessão de 13 de dezembro de 1989, uma vez que o projeto de Uequed já havia sido aprovado". Simbiose. As centrais sindicais têm relação simbiótica com o governo Lula desde que foram regulamentadas em 2007. No ano seguinte, parte do imposto sindical que era mantido com o governo foi repassado às entidades. A contribuição compulsória de cada trabalhador com carteira assinada garante aos sindicalistas cerca de R$ 100 milhões por ano. Por decisão do presidente em 2008, esse montante não é fiscalizado pelo Tribunal de Contas da União. Neste ano, as cinco centrais promoveram conferência em São Paulo, com R$ 800 mil provenientes do imposto sindical, na qual atacaram o PSDB.Dilma Rousseff (PT)Às 12 horas, participa de encontro com políticos e dirigentes do PP, no Hotel Imperial, em Brasília. Às 20 horas, de encontro com prefeitos e lideranças locais no Clube Concórdia, em Curitiba, no ParanáJosé Serra (PSDB)Previsão de agenda em São Paulo e no Rio de JaneiroMarina Silva (PV)A candidata estará em São Paulo. Pela manhã, ela concede entrevista por telefone para a rádio Concórdia, de Santa Catarina. No período da tarde, participa do evento da União Geral dos Trabalhadores, no centro da capital paulista