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Serviço Secreto deve ter escritório em São Paulo

Por Agencia Estado
Atualização:

Só depende da resposta do governo brasileiro para que São Paulo seja a segunda cidade da América Latina a contar com um escritório do Serviço Secreto Norte-Americano. O adido de imprensa da embaixada dos Estados Unidos, Terry Davidson, confirmou que as negociações estão em curso há mais de um ano e acha que o desfecho positivo está próximo. "Estamos aguardando a autorização diplomática do Ministério das Relações Exteriores", disse. Terry afirmou que o escritório servirá para investigar casos de lavagem e falsificação de dinheiro e trabalhará em conjunto com o Banco Central, a Polícia Federal e o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf). "É bom deixar claro que a negociação é antiga e não tem nenhuma relação com os acontecimentos do dia 11 nos Estados Unidos." O adido conta que um passo importante nessa cooperação entre o Brasil e os Estados Unidos foi dado em fevereiro deste ano, com a ratificação do tratado de troca de informações entre os dois governos. "Era um assunto que estava parado há muito tempo e foi reativado após o caso do juiz Nicolau dos Santos Neto." Terry conta que a escolha de São Paulo como sede do escritório do Serviço Secreto no Brasil tem relação com a natureza dos crimes que serão investigados. "São Paulo é um centro financeiro e industrial e, nesse contexto, é mais importante do que Brasília", disse. O adido disse que os agentes do Serviço Secreto não terão poder de polícia. Terry afirmou que o País já conta com escritórios do FBI, a polícia federal norte-americana, e da DEA, o departamento antidrogas dos Estados Unidos. Se as negociações tiverem sucesso, este será o 17º escritório do Serviço Secreto fora do território norte-americano. O plantão do Palácio do Itamaraty confirmou o andamento das negociações, mas deixou para a Embaixada dos Estados Unidos a divulgação de todas as informações oficiais sobre o acordo.

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