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Servidores decidem manter greve em Belo Horizonte

Decisão foi tomada em assembleias das categorias realizadas em diferentes pontos da capital mineira, que teve novo dia de trânsito tumultuado

Por Marcelo Portela
Atualização:

BELO HORIZONTE - Servidores de diversas áreas da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e funcionários estaduais da Educação decidiram nesta quarta-feira, 28 manter as greves iniciadas, respectivamente, nos últimos dias 6 e 21. As decisões foram tomadas em assembleias das categorias realizadas em diferentes pontos da capital mineira, que viveu novo dia de trânsito tumultuado por causa da manifestação que os trabalhadores promoveram a partir do meio da tarde no centro da cidade. Nenhuma ocorrência havia sido registrada até o início da noite, quando cerca de 600 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), permaneciam no local.

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No caso dos servidores municipais, a categoria rejeitou contraproposta apresentada pela PBH para reajustar os salários em 7%, sendo 3,5% já na folha de pagamento de julho e a outra metade a partir de novembro, aumento nos vales-alimentação de R$ 17 para R$ 18,50 e um abono a ser pago em dezembro dividido em quatro faixas salariais e que varia de R$ 200 a R$ 600. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 15% e aumento do vale-alimentação para R$ 28, além da adoção de medidas como a realização de concurso para contratação de pessoal.

A greve envolve áreas como Administração, Fiscalização, Assistência Social e outras. Os funcionários municipais da Educação fizeram assembleia separada, mas também decidiram manter os braços cruzados. No caso da Saúde, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) informou que os trabalhadores vão manter escala mínima de 70% nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Hospital Odilon Behrens (HOB) e de 50% nas demais unidades como "exige" liminar expedida pela Justiça mineira.

Protestos. Após as assembleias, cerca de 500 pessoas, segundo a PM, fecharam o tráfego na Praça Sete de Setembro, um dos pontos mais movimentados do centro da capital. A manifestação depois foi engrossada por funcionários estaduais da Educação, que, em encontro em frente à Assembleia Legislativa de Minas, também decidiram manter a greve por tempo indeterminado.

Mais cedo, a categoria já havia promovido protestos que fecharam o trânsito nas BRs 040 e 381. Segundo a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) e presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Estado, Beatriz Cerqueira, a greve será mantida até que o governo aceite discutir a pauta de reivindicações dos trabalhadores, apresentada em janeiro. De acordo com ela, a greve é "a maneira que a categoria tem de pressionar o governo do Estado a abrir negociação".

A assessoria da Secretaria de Estado da Educação (SEE) informou que a pauta apresentada pelos trabalhadores da área - com 97 itens - será discutida em conjunto com reivindicações de servidores estaduais de outras áreas, em processo sob o comando da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag).

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