Servidores do Judiciário de SP decretam greve

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os funcionários do Judiciário estadual de São Paulo - cerca de 51 mil servidores na capital e interior -, decretaram greve geral por aclamação, em assembléia geral realizada na tarde de hoje na Praça João Mendes. Eles reivindicam aumento salarial de 54,31%, seguro de vida em grupo, auxílio alimentação de R$ 10 por dia e extensão do auxílio creche às comarcas do interior do Estado. Os servidores pretendem realizar piquetes nas portas dos fóruns a partir de amanhã, até o dia 30. Na sexta-feira, às 10 horas, serão realizadas assembléias regionais em cada um dos prédios do Judiciário e no próximo dia 4 de setembro, nova assembléia geral para avaliar o movimento. Em nota oficial, o presidente do Tribunal de Justiça, Márcio Martins Bonilha, afirmou que o Judiciário paulista não tem recursos para atender as reivindicações. Isso porque a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) fixa o limite de 6% da receita líquida para as despesas com os servidores. De acordo com ele, esse teto já foi ultrapassado, pois o último demonstrativo aponta despesa de 6,17% com o pessoal. Ainda pela LRF é incabível o encaminhamento de proposta de aumento salarial sob pena de nulidade. Além disso, a mesma lei proíbe que o chefe do Judiciário encaminhe autorização ou execução de ato que acarrete aumento de despesas com o pessoal nos 180 dias anteriores ao final do mandato. Bonilha está no último de seu mandato. Para o presidente do TJ, "a estagnação do Judiciário e a asfixia da Justiça clamam por solução legislativa nessa matéria", havendo projeto em andamento na Câmara dos Deputados, "sob pena de iminente colapso da função jurisdicional".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.