A policia conseguiu provas de que os integrantes da banda que se apresentava na casa optaram pelo artefato mais barato ao invés do fabricado para interiores, que custa R$ 70.
Esta foi apenas uma da série de irregularidades encontradas nos acontecimentos que levaram ao incêndio e à morte de 234 pessoas na madrugada de domingo, disse o delegado Marcelo Arigony, responsável pelo inquérito policial, durante entrevista coletiva nesta terça-feira, 29.
De acordo com a Reuters, ele citou ainda outros indícios da investigação, como extintores de incêndio falsificados ou vencidos, o não funcionamento da iluminação de emergência, o tamanho pequeno da única porta de saída, além de alvarás vencidos.
"Diversas testemunhas confirmaram que o sinalizador foi aceso por um dos músicos, que, inclusive, usava uma luva para proteger a mão", disse o delegado, acrescentando que 44 pessoas já foram ouvidas.
Ainda segundo a Reuters, a Polícia Civil e o Ministério Público acreditam que o local também abrigava cerca de 1.000 pessoas, enquanto a lotação era de 690 indivíduos. A tese de superlotação, que havia sido praticamente descartada na segunda-feira, voltou a integrar as hipóteses policiais.