Sindicato pedirá arresto de bens de empresas de ônibus

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Por Agencia Estado
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O departamento jurídico do Sindicato dos Motoristas e Cobradores entra segunda-feira, na Justiça, com medida cautelar, com pedido de liminar e arresto dos bens e de retenção de qualquer tipo de crédito das viações Âmbar, Vitória e Cruz da Colina. A decisão foi acertada num encontro que reuniu durante quatro horas representantes dos trabalhadores, dos empresários e da SPTrans. "Essas empresas, por dificuldades financeiras, não puderam ingressar nos consórcios que irão operar o sistema de transporte, e por isso não têm dinheiro para pagar as rescisões de contrato de seus empregados", disse o advogado Antônio Roberto Pavani Júnior, assessor jurídico do Transurb, sindicato patronal. "Essas empresas possuem terrenos, imóveis e garagens, que podem cobrir o pagamento das rescisões", afirmou Edivaldo Santiago da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores. "Também será necessário localizar os sócios dessas viações para que sejam responsabilizados pelo pagamento." Maurício Thesn, diretor de operação da SPTrans, informou que a empresa municipal possui um crédito e R$ 1,1 milhão, já que a SPTrans, por meio do Paese, vem operando as linhas da Âmbar, Cruz da Colina e Vitória. Disse também que a Arc já está fazendo a rescisão dos contratos de seus empregados. Pavani Júnior destacou que já está tudo acertado com as viações Transbraçal (TB bus) e a Eletrobus, que operam as linhas de trólebus. "Elas vão proceder a sucessão trabalhista, não havendo necessidade de rescisão de contrato." O assessor jurídico do Transurb destacou que nenhuma das empresas que integram os consórcios irá pagar os passivos trabalhistas dos empregados dispensados pelas viações que não fazem parte do grupo. Pavani Júnior esclareceu que "não haverá desemprego. Os 4.600 (motoristas e cobradores) funcionários serão reaproveitados integralmente". Alertou que os cerca de 1.800 funcionários da Âmbar, Cruz da Colina e Vitória só serão reaproveitados após rescindirem seus contratos. Nem Transurb, nem Sindicato dos Trabalhadores ou SPTrans sabem o valor do passivo trabalhista destas empresas. Silva descartou a possibilidade de greve da categoria na terça-feira, quando entrará em vigor o contrato de emergência. "Cada empresa tem um problema diferente. Por isso estamos fazendo reuniões em suas garagens e tratando caso por caso".

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