Sindicato tem acesso a colete utilizado por cinegrafista morto no Rio

Segundo advogado, 'ao contrário do que a TV Bandeirantes afirmou, o equipamento não era do tipo III-A'

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Em nota divulgada na noite de segunda-feira, 7, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio afirmou que teve acesso ao colete à prova de balas usado pelo repórter cinematográfico Gelson Domingos da Silva, morto no domingo, 6, com tiro no peito, durante cobertura de uma operação do Bope na favela de Antares, região de Santa Cruz, na zona oeste da capital fluminense, e que é possível constatar que o equipamento é do tipo II-A.

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Segundo ainda o sindicato, o colete protege II-A protege contra tiros de armas como 9mm, potencial bem abaixo dos fuzis utilizados nos confrontos como o ocorrido na favela. O sindicato afirma que "ao contrário do que a TV Bandeirantes afirmou, o equipamento não era do tipo III-A - que tem maior poder de defesa". "É de uma grande irresponsabilidade enviar um repórter para esta guerra urbana que vivemos no Rio com um equipamento deste tipo", afirma o criminalista Nélio Andrade, que recebeu o colete através da família do jornalista.

O colete apresenta sinais de desgaste. Algumas inscrições não podem ser lidas a olho nu mas é possível verificar que a blindagem é 100% polietileno. A placa da parte da frente do colete, que foi perfurada, apresenta data de 2003. "A pessoa está completamente vulnerável com este equipamento", diz o advogado. Conforme consta nas especificações na parte interna do material, o equipamento vence em outubro de 2013.

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