
28 de abril de 2011 | 00h00
Filho do governador Franco Montoro (morto em 1999), o ex-deputado estadual Ricardo Montoro admite estar insatisfeito com o rumo tomado pelo novo diretório municipal em São Paulo, pivô da atual crise.
Que fatores levam o sr. a considerar deixar o PSDB?
Estou sentindo um isolamento dentro do partido. Fui vereador, deputado, secretário, e o partido me deu as costas.
O sr. concorda com a avaliação de que Alckmin é o responsável pelas defecções?
Eu não chegaria a nomear o governador. É um movimento que tem origem na eleição municipal de 2008, que o Kassab ganhou e o Geraldo perdeu. Essa é origem.
O que o sr. vai levar em conta para decidir?
Eu vou conversar com muita gente. O que eu quero deixar bem claro é que eu admito a possibilidade de sair. Mas eu ainda não saí e não tomei essa decisão. É um momento difícil e o que critico agora é essa falta de senso democrático que está tomando conta do partido.
Que avaliação o sr. faz da condução do partido pelo novo diretório municipal?
Está havendo um isolamento de um grupo. A saída de seis vereadores deveria ser profundamente lamentada por todo mundo. E não é. Parece que o pessoal acha que é isso mesmo. A saída de uma figura como o Walter Feldman, que é fundador do PSDB, e que tanto serviço prestou ao partido, deveria ser lamentada.
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