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Sirene dispara em barragem de Barão dos Cocais após elevação do nível de risco

Segundo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, não há rompimento e áreas de risco no local já foram evacuadas

Por Leonardo Augusto
Atualização:

BELO HORIZONTE – A sirene do sistema de segurança da barragem da mina da Vale de Gongo Soco, em Barão dos Cocais, a cerca de 100 quilômetros de Belo Horizonte, foi acionada na noite desta sexta-feira, 22, conforme informações da prefeitura. Em nota, o município afirmou que "por orientação da Agência  Nacional de Mineração (ANM)", o nível de alerta da barragem passou para 3. A Prefeitura afirma não haver risco de rompimento. 

"A informação que temos até o momento é do toque protocolar das sirenes do Gongo, mas sem sinais de rompimento. A Defesa Civil do Estado já está a caminho do município e a qualquer momento divulgaremos mais informações sobre as razões para a elevação do nível de alerta. Reforçando que a Defesa Civil de Barão de Cocais já está de plantão e a postos para toda e qualquer ação necessária", afirma a nota.

A entrada da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, operada pela Vale; local foi evacuado no dia 8 de fevereiro Foto: REUTERS/Washington Alves

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Um representante da Defesa Civil fará pronunciamento na noite desta sexta. Em 8 de fevereiro, 500 pessoas foram retiradas de suas casas durante a madrugada por depois de empresa de consultoria negar declaração de estabilidade à estrutura.

A Vale disse, em nota, que a medida preventiva foi necessária após um auditor independente ter informado a condição crítica de estabilidade da barragem. A empresa reiterou que a evacuação da área próxima à barragem foi realizada no início de fevereiro.

"Com o nível 3, foi acionada a sirene de alerta que cobre a Zona de Autossalvamento (ZAS), como reforço de medida preventiva", disse a empresa, em nota. "A Vale reitera que continua adotando uma série de medidas preventivas para aumentar a condição de segurança de suas barragens. Importante lembrar que a Barragem Sul Superior é uma das dez barragens a montante inativas remanescentes da Vale e faz parte do plano de descaracterização anunciado pela empresa."

Alerta

O alerta ocorre cerca de dois meses após o rompimento de uma barragem da mineradora Vale na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, que deixou ao menos 209 mortos. A tragédia – precedida pelo rompimento de uma barragem de rejeitos em Mariana, em 2015, quando houve 19 mortes – levou apreensão a diversas cidades onde há estruturas semelhantes.

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Nesta semana, cerca de 125 moradores nas regiões de Ouro Preto e Nova Lima, respectivamente na região central e metropolitana de Minas, começaram a ser retirados de suas casas por risco de rompimento de represas da Vale.

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