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Só 11,4% dos controladores passam em teste de inglês

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Por Redação
Atualização:

Dos 3.052 controladores de vôo do País submetidos a teste de inglês, apenas 350 (11,4%) atingiram nível 4 ou superior - numa escala de 1 a 6 -, padrão da Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci). Ontem, o diretor-geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), brigadeiro-do-ar Ramón Borges Cardoso, comentou reportagem de O Globo, publicada no domingo, que aponta que a ''falta de conhecimento de inglês no controle de tráfego aéreo levou a Aeronáutica a reconhecer, em documento oficial, que esse fator representa um perigo real de acidentes''. ''Foi passada a idéia de que a Aeronáutica reconhece uma falha. Não é bem isso'', disse o brigadeiro. Segundo ele, dos 190 países associados à Oaci, apenas 52 atingiram a meta em 2008. ''Todos os demais não atingiram e estabeleceram planos de mitigação até 2011. Desses países, pelo menos 89 estão no mesmo nível do Brasil, entre eles Alemanha, França, Espanha.'' A partir de 2007, o Decea começou a exigir dos candidatos nível intermediário de inglês. Não há, porém, prova oral. Em 2011, todos os controladores deverão estar no nível 4 e, para isso, foram criados cursos de inglês para os funcionários. Além disso, sempre há nos centros de controle um funcionário de nível 4 de plantão. Entre 2003 e 2007, foram registrados dez ''incidentes'' relacionados à falta de entendimento de inglês nos diálogos entre pilotos e controladores, dos quais três graves. À Oaci, a possibilidade de risco foi relatada pela Aeronáutica como ''remota''.

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