Só uma casa é multada pela Vigilância Sanitária

PUBLICIDADE

Por Cristiane Bomfim
Atualização:

Na segunda noite de fiscalização do cumprimento da lei antifumo na capital paulista, apenas 1 dos 287 estabelecimentos visitados foi multado por uma das 20 equipes da Vigilância Sanitária, até as 3 horas da madrugada de ontem. Com essa autuação, o balanço total sobe para quatro proprietários que terão de desembolsar de R$ 792,50 a R$ 1.585 na capital. O Procon, outro órgão parceiro na caça à fumaça, não divulgou seu balanço. Um estabelecimento do centro foi advertido. No Saravejo, bar com pista de dança, na Rua Augusta, a medição por monoxímetro, aparelho usado para detectar níveis de monóxido de carbono no ar, chegou a 3 partes por milhão (ppm). Não havia ninguém fumando, quando a equipe da vigilância sanitária chegou e a sinalização estava em local visível. Foram encontradas duas bitucas de cigarro dentro da casa e muitas no corredor de entrada. "Isso já não pode", diz Maria Cristina Megid, diretora do Centro de Vigilância Sanitária (CVS). "Se numa outra visita for encontrada irregularidades, o estabelecimento será multado." O Saravejo não tem áreas abertas para fumantes e não permite a saída dos frequentadores que querem dar suas baforadas. "Estudamos a possibilidade de controlar a entrada e saída deles com pulseiras e fichas", explica a gerente da casa, Juliana Dias. "Mas ainda não temos prazos para essa mudança." A poucos metros dali, a casa de música eletrônica Vegas estava dentro das normas, ou seja, com sinalização à vista e ninguém fumando em local proibido. Mesmo assim, o monoxímetro chegou a 3 ppm. Maria Cristina explicou que 9 ppm é o limite da zona de perigo para a saúde humana. Apesar do desconforto e do constrangimento provocados pela lei, há quem esteja satisfeito. "Antes tinha cigarro e cinza jogados o no chão. O ar era um fumacê", diz Raimundo Cândido da Silva, 52 anos, dono do bar e lanchonete O Pescador, no centro. "Sei que bilhar combina com cerveja e cigarro. É chato pedir para não fumarem. Não são todos que entendem."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.