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Sociedade Israelita de Pelotas (RS) sofre tentativa de incêndio

É a terceira vez no ano que local, que abriga sinagoga, é alvo de ataques; paredes foram pichadas com mensagens de apoio à causa palestina

Por Bruno Ribeiro
Atualização:
Portão da Socidade Israelita de Pelotas (RS), que sofreu tentativa de incêndio 

SÃO PAULO - O prédio que abriga uma sinagoga e a sede da Sociedade Israelita de Pelotas (RS) foi alvo de um ataque na madrugada desta sexta-feira, 18, segundo informou a Confederação Israelita do Brasil (Conib). Líquido inflamável foi jogado em um dos portões do imóvel, mas o fogo não se alastrou. Frases de apoio à causa palestina foram pichadas nas paredes, "inclusive com ameaças à comunidade de uma 'Intifada Internacional' com os dizeres 'aguardem'", informou a Conib, em nota. 

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A comunidade registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil. Não se sabe o horário exato do ataque, uma vez que não houve testemunhas da ação.  É a terceira vez que a entidade é alvo de ataques dessa natureza, ainda segundo a Conib. "Há cerca de duas semanas, a SIP amanheceu com pichações de apoio à luta do povo palestino e à liberdade do ex-presidente Lula", diz o texto.

Há 70 famílias judias na cidade de Pelotas. A sinagoga atacada é o espaço comunitário dessas famílias. O local atacado não tinha câmeras de segurança. 

“É alarmante que a tensão no Oriente Médio se traduza em ataque contra a comunidade judaica brasileira. Após contato com a Federação Israelita do RS, a Conib está atuando perante as autoridades policiais responsáveis pela investigação e punição dos autores deste ato criminoso de violência e intolerância religiosa”, disse o presidente da Conib, Fernando Lottenberg, por nota.

Já o presidente da Federação Israelense do Rio Grande do Sul, Zalmir Chwartzmann, afirmou que "não toleraremos esse tipo atitude, um atentado dessa magnitude é uma afronta contra o estado democrático de direito, contra a liberdade de expressão e de religião, além de ser um alerta de que os discursos de ódio estão passando da teoria para a prática, importando um conflito que não é dos brasileiros e colocando em risco toda a nossa sociedade", também por nota.

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