Somente córneas foram doadas

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Por Redação
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A família autorizou a doação dos órgãos de João Roberto. Os pais estavam presentes na UTI no momento em que o coração do menino parou de bater, às 20h10. Os aparelhos foram desligados depois que uma equipe do Rio Transplante esteve no hospital e retirou as córneas para doação. Como João Roberto teve uma parada cardíaca e levou 25 minutos para ser reanimado, os outros órgãos acabaram comprometidos. Pela manhã, os médicos já haviam atestado a morte cerebral, mas, pela sua pouca idade, a legislação determina que nova bateria de exames seja realizada seis horas depois. Foram feitos um eletroencefalograma, que indicou não haver mais atividade elétrica no cérebro, e um Doppler transcraniano, que constatou que não havia fluxo sanguíneo. Transferido do Hospital do Andaraí, onde passou por neurocirurgia para drenar sangue, João Roberto deu entrada no Copa D?Or por volta das 3 horas de ontem. "Ele chegou em estado grave, com sinais sugestivos de morte encefálica", disse o chefe da pediatria, Arnaldo Prata. Ao ser transportado para tomografia, o menino teve a parada cardíaca. A bala entrou pela nuca, se fragmentou no cérebro e se alojou próximo da região frontal. O garoto também foi atingido na nádega esquerda e na orelha.

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