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Sorocaba quer instalar aterro sanitário em área ambiental

Por Agencia Estado
Atualização:

Com a capacidade do seu aterro sanitário em vias de se esgotar, a prefeitura de Sorocaba vai depender dos órgãos ambientais para ter um novo local para disposição do lixo urbano. As duas áreas escolhidas pelo governo municipal para o futuro aterro estão localizadas na zona de amortecimento da Floresta Nacional de Ipanema (Flona), de Iperó, e dependem também de licenciamento federal. Uma das áreas, com 100 hectares, já foi declarada de utilidade pública pela prefeitura, mas é considerada de preservação permanente pois, além de estar na zona de influência da Flona, possui nascentes e trechos de matas. O terreno faz divisa com o ribeirão Ipanema, afluente do rio Sorocaba. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai pedir estudo de impacto ambiental, caso essa exigência não seja feita pelo Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais (DEPRN). A segunda opção, uma área localizada próximo da rodovia Sorocaba - Porto Feliz, também fica na zona de amortecimento da Flona. A prefeitura tem pressa na construção do novo aterro porque o atual, que recebe cerca de 300 toneladas de lixo por dia, está com sua capacidade praticamente esgotada. Construído há 20 anos, o aterro comporta o recebimento de lixo por mais 18 meses. A prefeitura já firmou um termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público Estadual comprometendo-se a instalar um novo aterro. De acordo com a adminstração da Flona, as áreas de amortecimento foram criadas por lei federal para assegurar maior proteção às reservas e florestas nacionais. Isso significa que elas podem receber emprendimentos, mas estes não podem ser potencialmente poluidores, como ocorre com um depósito de lixo. A segunda opção também tem matas e fica na área de influência da bacia do Sorocaba. Técnicos da prefeitura que estão elaborando o projeto do novo aterro garantem que a obra será aprovada pelos órgãos ambientais, pois é altamente segura do ponto de vista ecológico. Por ser um município essencialmente urbano, Sorocaba não dispõe de outras opções de área para a disposição do lixo.

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