Nos próximos meses, várias cidades do mundo devem ganhar uma Praça pela Paz Mundial. Todas terão esse mesmo nome, traduzido em diferentes idiomas, e serão um espaço para reflexão, debates e arte. São Paulo vai ser a primeira cidade a ter a sua. No domingo, ela será inaugurada na Rua Mauá, 51, em frente do Museu do Imaginário do Povo Brasileiro, antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), no centro, local escolhido por estar perto do antigo palco de tortura. Segundo a coordenadora do Programa Praças pela Paz, Oriana Monarca White, as próximas devem ser em Brasília, Rio e Cuiabá. ?A idéia surgiu após uma pesquisa mostrar, em 2001, que o tema da paz está ligado à cor branca e a imagens vagas?, diz Oriana. ?Mas sob o guarda-chuva da paz estão a inclusão social, a eqüidade de gênero, a conservação do planeta, o respeito aos direitos humanos. Queremos as praças como espaço para pessoas discutirem esses temas, se organizarem e agirem.? O projeto prevê uma agência pela paz internacional, com um banco de notícias, eventos e programas ligados ao tema e à qualidade de vida. No domingo, grupos de dança, artes, música e esportes passarão pelo local das 10 horas às 16h30. O evento, gratuito, deve contar com artistas como Arnaldo Antunes, Chico César e Sabotage, ONGs, esportistas e líderes religiosos. Tudo será gravado e vai virar material didático a ser distribuído em outros países pela Unesco, parceira do Movimento Mídia da Paz e da ONG italiana Centro Internazionale Crocevia no projeto. O projeto da praça, de Nelson Dupré, inclui prisma de vidro, com espelho d?água e uma pedra da Igreja de São Francisco de Assis, na Itália, símbolo da paz. Toda Praça pela Paz Mundial terá uma pedra de lá.