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SP: Petrelluzzi admite falhas no sistema prisional

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário de Segurança Pública do Estado, Marco Vinício Petrelluzzi, admitiu hoje que é necessário rever a situação do sistema prisional. "Vejo disposição para isso no governo com a ajuda do Judiciário, do Ministério Público e o apoio da sociedade." Entre as sugestões para a mudança do sistema, Petrelluzzi lembrou a adoção de penas alternativas. Segundo o secretário, o governo paulista deve tornar mais rígida a questão da disciplina em relação aos presos considerados de alta periculosidade. O Estado também estuda a retirada de regalias, mas Petrelluzzi não quis mencionar quais seriam. "Não vamos igualar o tratamento para todos os presos, mas é preciso endurecer a disciplina com os mais perigosos. Isso é necessário para trazer paz para dentro do sistema penitenciário." Já ficou definido que as revistas aos visitantes dos presos visitas serão mais rigorosas. Petrelluzzi lembrou que, durante uma dessas vistorias, foi encontrado um aparelho de telefone celular dentro da vagina de uma senhora, que visitava um parente. Algumas unidades terão a visita deste próximo final de semana suspensa, por conta da questão da segurança, e também está em estudo a entrada de agentes da polícia em algumas unidades do sistema prisional. Petrelluzzi classificou de ?oportunista? a ameaça de greve dos agentes penitenciários. ?Não gostaria de falar sobre isso porque não é a minha área, não sei se os agentes penitenciários têm articulação para isso, mas me parece uma manifestação de oportunismo, uma falta terrível de sensibilidade", disse Petrelluzzi. Ao fazer um balanço das rebeliões ocorridas no domingo último, Petrelluzzi concordou que a situação é bastante grave mas disse que não há descontrole do Estado no comando dos presídios. Ele afirmou que a imprensa precisa ?mudar o enfoque? do noticiário, pois está gerando pânico. ?A situação foi séria, mas está controlada. Não ocorreram fugas porque a polícia agiu de forma simultânea e coordenada e não porque os presos não quiseram fugir", afirmou Petrelluzzi. Em relação à existência de outras cinco organizações criminosas, além do PCC, atuando dentro dos presídios, Petrelluzzi disse que esse tipo de informação não é novidade. "A cadeia é um caldo de cultura para isso. Antigamente, era a Serpente Negra, o Comando não sei do quê. Isso ocorre aqui e em todo lugar do mundo. Dá para contê-los mas não para erradicá-los." Petrelluzzi admitiu que a organização e a ousadia demostradas pelo PCC é inédito. "Eles cutucaram a onça com vara curta, não esperavam a reação dura do governo, do Judiciário, do Ministério Público e da Sociedade.?

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