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SP propõe grupo para afastar camelôs de avenida

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário municipal de Implementação das Subprefeituras de São Paulo, Jilmar Tatto, propôs hoje que empresários da região da Avenida Paulista criem um grupo para coibir ações de camelôs e criminosos na área. Esses "agentes inibidores" ficariam encarregados de acionar a prefeitura e a polícia para resolver os casos mais graves. A proposta foi bem vista pelos empresários, que formam a Associação Paulista Viva. O presidente da entidade, Nelson Baeta Neves, disse ter gostado do projeto de Tatto. "A idéia soa como violino em meus ouvidos. Temos de dar a nossa contribuição, como cidadãos, para melhorar a área em que mantemos nossas empresas." Segundo Tatto, o projeto funcionará inicialmente na Paulista, ponto de confronto da administração municipal com ambulantes desde a gestão passada. Se for bem-sucedida, a experiência será estendida a outras regiões problemáticas, sempre em parceria com entidades da sociedade civil. A Rua 25 de Março é um dos locais em que costumeiramente há conflitos entre lojistas, camelôs e fiscais. "O agente advertirá o camelô, mas como não tem competência para multá-lo ou retirá-lo, pedirá a presença dos fiscais quando for o caso", explicou o secretário. Tatto admite utilizar parte dos mil funcionários recém-contratados - 300 agentes e 700 administrativos, conhecidos como "rapas" - para auxiliar na fiscalização da Paulista e suas transversais. Nesses locais está proibido o comércio ambulante, segundo a Administração Regional da Sé. O presidente da Paulista Viva afirmou que a proposta será analisada pelos associados. Também presente à reunião, o secretário estadual de Turismo de SP, Ruy Martins Altenfelder Silva, prometeu fortalecer a Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur) para ajudar na segurança da região. No fim da administração passada, grupos de camelôs invadiram a Paulista, na tentativa de criar um fato consumado e conseguir da prefeita Marta Suplicy (PT) a regularização do comércio ambulante na região. Uma blitz, no entanto, tirou todos os vendedores da área. Entidades ligadas aos camelôs calculavam, na ocasião, que mil ambulantes trabalhavam na avenida. Cadastro Em março de 2001, pouco depois de Marta admitir, em entrevista, que não tinha plano concreto para os camelôs, a prefeitura apresentou um projeto à população, proibindo a atividade de vendedores irregulares na região da Paulista. Até hoje, segundo a Regional da Sé, 2.594 ambulantes tinham feito cadastro para atuar na área central com Termo de Permissão de Uso (TPU). Não está prevista, porém, a concessão de pontos na Paulista, em ruas próximas e em praças. O prazo de cadastramento terminará na sexta-feira.

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