SP quer reformar 2 ruas ainda em 2009

Moradores reclamam, no entanto, da demora no uso dos recursos

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Por Redação
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Com os recursos da Operação Urbana Água Branca, a Prefeitura de São Paulo pretende ainda neste ano iniciar a extensão da Rua Germaine Burchard até perto do Memorial da América Latina e a reformulação paisagística da Rua Joaquim Ferreira. As duas intervenções são consideradas simples e de início a curto prazo, segundo a Empresa Municipal de Urbanização (Emurb). "Definimos o que era mais fácil fazer agora, sem desapropriações. Foram priorizadas intervenções que podem melhorar a curto prazo o problema das enchentes e do trânsito na Pompeia", disse Rubens Chamma, diretor da Emurb. Moradores da região criticam o atraso do uso do dinheiro da Operação Urbana Água Branca. Segundo a Assessoria de Imprensa da Subprefeitura da Lapa, o projeto viário para a região estava parado desde que o Estado denunciou, no ano passado, que o governo havia aberto licitação para construir uma rua que já existia. "São quase 15 anos e ninguém nunca viu o dinheiro das outorgas. Agora o governo lança meia dúzia de obras com menos da metade do dinheiro arrecadado e diz que vai evitar enchentes. Os moradores precisam de uma garantia de que toda a verba será usada em melhorias no bairro, e com prazos definidos", disse o empresário Pedro Rodrigues de Oliveira, de 53 anos, morador da Rua Monte Alegre. A subprefeita da Lapa, Soninha Francine, disse que algumas diretrizes de investimentos definidos no início da operação, em 1995, precisam ser revistas. "A região mudou muito, precisamos adaptar algumas intervenções à realidade", disse. Entre as 11 intervenções estão a construção de uma praça ao lado do Memorial e a ligação entre Avenida Francisco Matarazzo e Rua Tagipuru, via que também terá os passeios alargados. Na mesma intervenção ainda haverá a reconfiguração geométrica da rotatória da Rua Doutor Fuad Nautel. O realinhamento geométrico dos passeios da Rua Carlos Vicari e da Avenida Santa Marina estão entre as prioridades. "É difícil acreditar que alguma coisa vai ser feita depois de tanto tempo. Achei que o dinheiro dessa operação já tivesse sumido", disse Paulo Antunes, dono de uma sorveteria ao lado do estádio do Palmeiras.

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