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SP tem segundo caso de dengue; saúde fala em epidemia

Por Agencia Estado
Atualização:

Um novo caso de dengue autóctone (contraída no próprio município) foi confirmado hoje em São Paulo. O paciente é Francisco Aldenis de Paiva, de 14 anos, tio de Francisca Micarla de Paiva - a primeira a contrair a doença na capital paulista desde 1999. "O nome é drástico, mas é isso que enfrentamos: uma epidemia", afirmou Márcia Caraça, diretora do Centro de Epidemiologia, Pesquisa e Informação da Secretaria Municipal de Saúde. O diagnóstico do segundo caso foi feito depois que a Vigilância Sanitária examinou moradores do Cingapura da Vila Espanhola, zona norte, onde vive Francisca. Francisco apresentou sintomas há duas semanas, no mesmo período que a sobrinha, e já está bem. "Tive muitas dores pelo corpo, moleza e febre", disse. Há ainda seis casos suspeitos. Hoje técnicos da Superintendência do Controle de Endemias (Sucen) e da Secretaria de Saúde reuniram-se para definir a estratégia de combate aos focos do transmissor da dengue, o mosquito Aedes aegypti. O diretor da Sucen em São Paulo, José Carlos Rehden Andrade, afirmou que a região onde mora Francisca está infestada de criadouros do mosquito. Há focos em várias regiões da cidade. Na quarta-feira lideranças da comunidade e técnicos reúnem-se na maternidade Vila Nova Cachoeirinha para preparar um mutirão de limpeza, que pode ser feito no sábado. Um especialista em controle de zoonoses, que não quis se identificar, garante que o problema na cidade é provocado pelo trabalho mal feito de prevenção nos últimos anos. O fato de o serviço de combate à dengue realizado por uma empresa terceirizada ter sido interrompido em janeiro, por determinação da prefeitura, não teve influência relevante, afirmou. "Um foco não aparece do dia para noite, há anos esse trabalho é feito de forma errada."

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