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STF mantém prisão de investigador ligado ao PCC

Paulo Humberto Mangini foi denunciado pelo crime de formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo.

Por Agencia Estado
Atualização:

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou habeas-corpus e decidiu manter preso o investigador de polícia, Paulo Humberto Mangini, acusado de fazer parte da facão criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Mangini foi denunciado pelo crime de formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo. Ele foi preso em flagrante em sua residência, no dia 23 de julho de 2005, por armazenar 10 quilos de explosivos e cordel detonante, além de armas de fogo e munições para uso próprio e de outros membros do PCC. No pedido, a defesa do investigador alegou constrangimento ilegal decorrente do excesso de prazo para encerramento da instrução criminal, pois o denunciado foi preso em flagrante há mais de um ano. Argumentou também ausência dos requisitos para a decretação de sua prisão preventiva e, por isso, pediu a expedição de alvará de soltura em favor de seu cliente. A liminar foi indeferida pela relatora, ministra Cármen Lúcia, em agosto deste ano, por entender que no caso não houve constrangimento ilegal, uma vez que o decreto de prisão se encontra fundamentado em elementos concretos devidamente demonstrados nos autos. A ministra explicou nesta terça-feira, 26,que o investigador de Polícia foi denunciado com outros 11 acusados, já identificados e processados perante varas judiciais diversas de São Paulo, ?dentre os quais Marcos Willians Herbas Camacho, vulgo ´Marcola´, Julio César Guedes de Moraes, vulgo ´Julinho Carambola´ e outros a serem identificados?. Eles teriam se associado em quadrilha a fim de cometerem crimes de roubos, extorsões, extorsões mediante seqüestro, homicídios, tráfico de drogas, entre outros, utilizando armas de fogo. ?A peça acusatória descreve pelo menos 12 fatos delituosos praticados pela organização criminosa e traz um rol de dez testemunhas para comprová-los.? A relatora citou parecer do subprocurador-geral da República que considerou o crime gravíssimo, agravado pelo fato de o denunciado ser investigador de Polícia, ?que deveria estar protegendo a sociedade?. Segundo ele, outro integrante da quadrilha teria encomendado ao acusado camisetas da Polícia Civil para a prática de roubos na Rodovia Anchieta.

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