STF prorroga prisão dos 25 presos na Operação Hurricane

Magistrados, advogados e bicheiros estão entre os presos por jogos ilegais

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Por Agencia Estado
Atualização:

A pedido da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público, o ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por cinco dias a prisão dos 25 suspeitos de envolvimento com a máfia dos jogos ilegais. Eles foram presos na chamada Operação Hurricane (Furacão, em inglês) realizado pela Polícia Federal. Durante a operação, foram apreendidos 151 de carros de luxo, mais de 130 anéis, 40 pulseiras, correntes de ouro, dezenas de relógios de marcas de luxo, cheques e dinheiro em espécie - e até um veleiro de 41 pés batizado com o nome "Bandida". Entre os presos há magistrados, advogados, bicheiros famosos e até o irmão de um ministro do Superior Tribunal de Justiça. Mais de 130 anéis, 40 pulseiras, correntes de ouro, dezenas de relógios de marcas de luxo, cheques e dinheiro em espécie - e até um veleiro de 41 pés batizado com o nome "Bandida", de propriedade de um dos advogados presos. Estes são alguns dos itens incluídos na lista de bens apreendidos pela Polícia Federal, na Operação Hurricane (furacão, em inglês), ao cumprir as 70 ordens de busca e apreensão expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os presos - Ailton Guimarães Jorge - bicheiro, conhecido como ´Capitão Guimarães´, é presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro - Ana Claudia Rodrigues do Espírito Santo - Anísio Abrão Davi - bicheiro e presidente de honra da Beija-Flor - Antonio Petrus Kallil - bicheiro, conhecido como ´Turcão´ - Carlos Pereira da Silva - delegado da Polícia Federal de Niterói - Delmiro Martins Ferreira - Ernesto da Luz Pinto Dória - juiz do Trabalho do TRT da 15ª Região (Campinas, SP) - Evandro da Fonseca - advogado - Francisco Martins da Silva - Jaime Garcia Dias - advogado - João Sérgio Leal Pereira - procurador da República. Suposto integrante do esquema de fraudes em sentenças judiciais ao lado do desembargador Ivan Athié. Está afastado do cargo. Foi preso na Bahia. - José Eduardo Carreira Alvim - ex-vice-presidente do TRF-2.ª Região, do Rio de Janeiro e Espírito Santo, e desembargador federal - José Luiz Rebello - José Renato Granado Ferreira - empresário - José Ricardo de Figueira Regueira - desembargador federal - Júlio Guimarães Sobreira - Laurentino Freire dos Santos - Licínio Soares Bastos - Luiz Paulo Dias de Mattos - delegado da Polícia Federal - Marcos Antônio dos Santos Bretas - Paulo Roberto Ferreira Lima - Sérgio Luzio Marques de Araújo - advogado e irmão do juiz federal Marcelo Luzio - Silvério Néri Cabral Junior - advogado - Susie Pinheiro Dias de Mattos - delegada da Polícia Federal. Estava licenciada para exercer o cargo de corregedora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), com função era combater as fraudes de combustíveis. - Virgílio de Oliveira Medina - advogado. Irmão do ministro do STJ Paulo Medina A operação A Operação Hurricane (Furacão, em inglês), realizada pela Polícia Federal na sexta-feira, 13, realizou 25 prisões nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e no Distrito Federal e ocorreu após um ano de investigações, ordenadas em uma operação sigilosa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) César Peluzzo. A operação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava na exploração do jogo ilegal e cometia crimes contra a administração pública. Foram cumpridos 70 mandados de busca e apreensão e 25 mandados de prisão contra chefes de grupos ligados a jogos ilegais, empresários, advogados, policiais civis e federais, magistrados e um membro do Ministério Público Federal. Na operação a Polícia Federal apreendeu 30 carros de luxo, uma moto e uma grande quantidade de dinheiro, sendo necessário um carro-forte para o transporte até uma agência da Caixa Econômica Federal. A investigação começou há um ano na 6ª Vara Federal do Rio, com a juíza Ana Paula Vieira de Carvalho e, em setembro de 2006, foi remetida pelo procurador geral da República, Antônio Fernando de Souza, para o Supremo Tribunal Federal, devido ao surgimento do nome do ministro do Supremo Tribunal de Justiça Paulo Medina. A partir de então, o inquérito 2.424/2006 passou a ser presidido pelo ministro do STF Cézar Peluso. Ele autorizou a instalação de escuta, inclusive no gabinete de Carreira Alvim, cujos microfones foram descobertos no forro do teto. Alvim, que disputava a presidência do TRF, acusou na época a direção do Tribunal pelos grampos. Na eleição, ele foi derrotado por 15 votos a nove.

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