STJ permite que filho de Nana Caymmi continue em clínica

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Por Agencia Estado
Atualização:

O vice-presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, concedeu nesta terça-feira à noite liminar, impedindo que João Gilberto Caymmi Aponte, de 38 anos, internado em uma clínica do Rio de Janeiro, seja transferido nesta quarta-feira para um hospital psiquiátrico a fim de ser submetido a exame de sanidade mental e dependência química. Uma promotora e uma juíza queriam "provar" que João Gilberto, usuário de maconha, goza de perfeitas condições mentais apesar de interditado como incapaz. O drama de João Gilberto começou aos 23 anos, quando, ao cair de uma motocicleta, sofreu - de acordo com a conclusão do ministro Vidigal - seqüelas físicas e mentais irreversíveis, ficando com deficiência de olfato, fala, memória e juízo crítico. "Dependente químico, sem qualquer capacidade de autodeterminação, usuário de maconha, inimputável, foi interditado mediante ação judicial resolvida pelo Juízo da 10ª Vara de Órfãos e Sucessões, que lhe nomeou curadora a sua mãe", afirma em sua decisão o ministro Vidigal. A mãe é a cantora Nana Caymmi. Embora os autos do processo ainda estejam no Ministério Público Federal do Rio, Vidigal concedeu a liminar por estar marcada para esta quarta a transferência de João Gilberto, internado em setembro do ano passado, depois de preso em flagrante com 0,4 gr (quatro decigramas) de maconha, "quase nada, apenas um cigarro". O ministro determinou que João Gilberto "não seja tirado de onde se encontra" para ser submetido a exames que já fez.

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