O professor de educação física Paulo César Timponi, acusado de matar três mulheres durante um "racha" na Ponte JK, em Brasília, deverá voltar para a prisão. O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Napoleão Nunes Maia Filho revogou a liminar concedida pelo ministro Peçanha Martins, ex-vice-presidente do STJ, que permitia a Timponi aguardar o julgamento em liberdade, mérito de um habeas-corpus. A decisão foi divulgada na tarde desta quarta-feira, 9. Veja também: Tudo sobre o caso do acidente Para Maia Filho, o professor não pode ser beneficiado com liberdade provisória por ter sido condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) por tráfico de drogas. Por este crime, ele cumpre livramento condicional. Segundo o STJ, há notícia de que Timponi também responde a outras ações penais. O ministro entendeu ainda que o TJDFT fundamentou sua medida na necessidade de garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal. "A motivação não consistiu em circunstâncias abstratas, como o clamor público, mas foram elencadas justificativas deveras concretas, aptas a embasar a medida extrema", afirmou Maia Filho. Em 6 de outubro de 2007, Timponi disputava uma corrida com o motorista de uma S-10, a mais de 140 km por hora, quando seu Golf atingiu um Corolla. Os três passageiros deste carro morreram e duas pessoas ficaram feridas. Após o acidente, a polícia encontrou garrafas de uísque e cocaína no Golf de Timponi.