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Subprefeito diz que não desconfiava de esquema

Por Bruno Tavares
Atualização:

O subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak, disse ontem à polícia que jamais desconfiou da existência do esquema montado por um de seus assessores e por agentes de fiscalização para extorquir dinheiro de ambulantes do Brás, na zona leste. Na sexta-feira, 11 pessoas foram presas acusadas de achacarem camelôs, oferecendo informações privilegiadas sobre operações policiais e da subprefeitura. Ao delegado Luís Augusto Storni, titular da Unidade de Inteligência Policial (UIP), Odloak reafirmou que fazia "reciclagem" periódica dos fiscais, para evitar que fossem "cooptados". "As pessoas citadas pela investigação mudaram de lado e isso é inadmissível", disse. O subprefeito negou que tenha havido omissão. "Vamos abrir procedimento interno para verificar se há mais envolvidos." A polícia deve concluir hoje o inquérito que apura a ação das quadrilhas dentro da Subprefeitura da Mooca. O delegado estuda pedir a prisão preventiva de 7 dos 11 presos - dos irmãos Marcelo e Felipe Eivazian, dos três agentes de fiscalização, do advogado Leandro Giannasi e do ambulante João Jorge Cunha. Será pedida a prisão preventiva dos dois ambulantes foragidos - Juvemar dos Santos e Ademir Batista. Ontem, o promotor José Carlos Blat disse que abrirá procedimento para apurar lavagem de dinheiro da máfia dos ficais.

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