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Sudeste já tem 38 mortos e 16 mil desabrigados pelas chuvas

União liberou R$ 270 milhões para governos repararem os danos na região

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar das fortes chuvas de janeiro não serem surpresa nesta época do ano, as tempestades que atingem a região Sudeste desde o começo de 2007 deixaram 38 pessoas mortas e cerca de 16 mil desabrigados, de acordo com os balanços da Defesa Civil dos Estados. O Rio de Janeiro foi o Estado que mais sofreu, com 30 vítimas fatais e quase 12 mil desabrigados até esta terça-feira. Nos oito primeiros dias do ano, a quantidade de chuva que caiu em algumas regiões do Sudeste chegou a 250 milímetros, volume semelhante ao registrado no mesmo período de 2006. Desprevenidos, os governos não conseguiram minimizar as perdas com enchentes e deslizamentos. Segundo a Coordenadoria de Defesa Civil do Estado de São Paulo, 327 pessoas ficaram desabrigadas por conta das chuvas desde o dia 1º de dezembro de 2006. No total, são 66 municípios sofrendo com as tempestades e cinco pessoas mortas. De acordo com levantamento do site Contas Abertas, dos R$ 110,36 milhões autorizados em 2006 para investimentos em "Prevenção e Preparação para Emergências e Desastres", o governo federal usou apenas 33,2% (R$ 36,74 mihões). Apesar disso, a maior parte da verba, R$ 28,64 milhões, foi destinada às contas a pagar relativas a gastos de anos anteriores. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), pediu ajuda federal para reparar os estragos dos últimos dias. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atendeu ao pedido e liberou R$ 270 milhões para ajudar os Estados do Sul e Sudeste. O Rio de Janeiro vai receber R$ 81,2 milhões, sendo que parte do dinheiro, cerca de R$ 31 milhões, vai ser destinada a recuperar estradas. O município de Campos, no Rio, é o mais atingido pelas chuvas, e colocou 700 pessoas desabrigadas em escolas. São cerca de 6 mil famílias em um dos 29 abrigos montados pela prefeitura da cidade. São pessoas como Valdéia Zacaria da Silva, de 50 anos, e Ana Beatriz da Silva Barreto, de 32 - mãe e filha -, que são vizinhas, mas que passaram a dividir parte do auditório com outras vítimas das enchentes.

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