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Supremo nega pedido de liberdade de Suzane

A decisão é da ministra Ellen Gracie, presidente do STF. Suzane está presa no Centro de Ressocialização de Rio Claro, no interior de São Paulo

Por Agencia Estado
Atualização:

O Supremo Tribunal Federal negou o pedido de liberdade provisória de Suzane von Richthofen. A decisão é da ministra Ellen Gracie, presidente do STF. Suzane está presa no Centro de Ressocialização de Rio Claro, no interior de São Paulo. O julgamento da jovem está marcado para o dia 17 de julho. Ellen Gracie não acolheu o pedido de Suzane com base em um argumento processual: como o acórdão da decisão da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou o relaxamento da prisão da jovem, não foi publicado no Diário Oficial, não seria possível confrontar os argumentos da defesa contra a decisão do STJ. Alegações da defesa Nesta segunda-feira, 3, a defesa da jovem entrou com pedido contra decisão da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que mandou Suzane de volta à prisão. Para os advogados, "o restabelecimento da liberdade da paciente torna-se imperioso diante da insustentável hipótese de provável fuga, sem qualquer demonstração de indício ou prova disso". A defesa alegou que, em liberdade, Suzane "respondeu a todas as expectativas sociais de um comportamento ajustado e aderente às normas jurídicas". E sustenta que ela nunca se recusou e nem se omitiu a comparecer a juízo, "até mesmo na circunstância absolutamente constrangedora de ser presa". Os advogados também ressaltaram que "a repercussão do crime ou clamor social não são justificativas legais para a prisão preventiva". Júri Suzane é acusada pelo assassinato dos pais, Marisia e Manfred von Richthofen, em outubro de 2002. Os irmãos Christian e Daniel Cravinhos também são acusados. Marísia e Manfred morreram a golpes de barra de ferro. Os três foram denunciados pelo Ministério Público por crime de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Júri separado A defesa de Suzane vai entrar com um pedido de habeas-corpus no Tribunal de Justiça (TJ) para tentar garantir que o julgamento da jovem seja separado dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, segundo um dos advogados dela, Mário Sérgio de Oliveira. A decisão acontece após o juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri, negar o pedido inicial feito pela defesa. Suzane e os irmãos Cravinhos são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado. As vítimas, Manfred e Marísia, eram pais dela. O casal foi morto a pauladas, enquanto dormia, em outubro de 2002. Os advogados de Suzane argumentam que, como as defesas usam argumentos conflitantes - ela diz que foi influenciada pelos Cravinhos e eles a acusam de ser a mentora do crime -, o julgamento precisa ser separado. Júri Suzane, seu ex-namorado Daniel e o irmão dele, Cristian Cravinhos, confessaram ter matado os pais dela, Marísia e Manfred von Richthofen, a golpes de barra de ferro, na casa em que a família vivia, em outubro de 2002. Os três foram denunciados pelo Ministério Público por crime de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. O julgamento dos três estava marcado para 5 de junho e foi adiado, na ocasião, para 17 de julho, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo.

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