PUBLICIDADE

Suspeito de tráfico é preso após render motorista na Rocinha

Na Estrada da Gávea, grupo armado com fuzis parou caminhão e obrigou motorista a levar o suspeito, ferido com tiro, até hospital

Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO - Um suspeito de integrar a quadrilha do traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que comanda o tráfico na favela da Rocinha, na zona sul do Rio, foi preso nesta quinta-feira (21), após render o motorista de um caminhão e obrigar o rapaz a transportá-lo até um hospital. O suspeito, que não portava documentos na hora da prisão e cujo nome não havia sido divulgado pela polícia até a noite desta quinta-feira, estava ferido por um tiro numa axila. Ele foi detido depois que o motorista conseguiu avisar policiais de que era mantido refém.

O motorista do caminhão contou à polícia que estava trafegando pela Estrada da Gávea, próximo ao Colégio Americano, transportando entulho e acompanhado por um auxiliar, quando foi rendido por cerca de dez homens, todos armados com fuzis. "Pararam o caminhão e mandaram levar para o hospital, direto, sem parar em lugar nenhum", relembrou.

A Favela da Rocinha fica na zona sul do Rio Foto: Efe

PUBLICIDADE

Enquanto transportava o rapaz, o motoristase deparou com policiais e fez sinais com a mão, que chamaram a atenção dos PMs. Os policiais interceptaram o caminhão e prenderam o suspeito, que foi encaminhado ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea (zona sul), onde está internado sob custódia.

Segundo o motorista,o rapaz estava coberto de sangue e, durante o trajeto, reclamou de dores e contou que havia trocado tiros com policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope), dentro da mata.

O Bope está fazendo operações na Rocinha desde segunda-feira (18), um dia depois de um confronto entre traficantes da mesma facção criminosa (Amigos dos Amigos) deixar três suspeitos mortos e três moradores feridos. Segundo a PM, esse confronto em que o suspeito preso se feriu na axila ocorreu no alto do morro, perto da segunda torre de energia.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.