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Suspeito diz que não matou prefeito e acusa vizinho

Por Agencia Estado
Atualização:

O seqüestrador José Édson da Silva, acusado de ser o autor dos tiros que mataram o prefeito Celso Daniel, negou que seja o assassino e acusou outra pessoa de ter disparado: um rapaz chamado Alex, um vizinho, morador da Favela Pantanal. "Minha participação foi só tirar ele (Celso Daniel) da favela e levar para Juquetiba", disse Silva. Na versão dele, que entrou em várias contradições durante sua apresentação pela polícia baiana, ele chamou Alex para ajudar a levar Celso Daniel para o sítio em Juquetiba, um dos cativeiros da quadrilha. No caminho, Alex teria resolvido matar o prefeito sem que o próprio Silva tivesse presenciado. "Eu fiquei dentro do carro nessa hora", disse, contando que a pistola usada para o crime pertence a Ivan Rodrigues da Silva, o "Monstro", chefe da quadrilha. Silva garante que suas digitais não estão na pistola e disse não saber o paradeiro de Alex. Os policiais acreditam que Alex é um personagem criado pelo bandido para se eximir do assassinato. Silva foi preso como um ladrão de carros no último dia 28, quando tentava sair de Vitória da Conquista num veículo roubado no centro da cidade, mas só foi identificado como o integrante do bando de "Monstro" na madrugada de hoje, após a polícia de São Paulo ter divulgado sua fotografia. Momentos antes de ser preso, Silva havia roubado, junto com um comparsa, uma caminhonete L 200 no centro de Vitória da Conquista. O roubo foi presenciado por um policial, que avisou a delegacia da cidade. O delegado regional Róbson Marocci acionou em seguida os policiais que mantinham uma barreira na entrada da cidade desde a época que André ?Cara Seca", outro integrante do bando, havia sido preso em Vitória da Conquista. Silva tentou romper a barreira policial, passando a ser perseguido em meio a intensa troca de tiros com os agentes. Num dado momento, ele atirou uma granada em direção a uma das rádios-patrulha, mas não conseguiu atingi-la. Contudo, perdeu a controle da caminhonete e capotou. Silva não conseguiu abandonar o veículo e foi preso, enquanto o comparsa não identificado fugiu arrastando-se pelo matagal situado na margem da rodovia. Esse homem foi perseguido até o município de Planalto, a 45 quilômetros de Vitória da Conquista, quando os policiais perderam sua pista. Ao ser detido, Silva se identificou como José Aílton de Souza, mas foi desmascarado logo que a Delegacia de Polícia de Vitória da Conquista tomou conhecimento da foto divulgada em São Paulo. Então, admitiu ser integrante do bando de "Monstro". Em poder do bandido os policiais encontraram várias armas, entre as quais uma sub-metralhadora e uma pistola P.40, com o logotipo da polícia de São Paulo.

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