Suspenso julgamento de skinheads em SP

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de 14 horas de depoimentos, o julgamento de dois skinheads acusados de matar um adestrador de cães foi anulado. Para o juiz Luiz Fernando Camargo de Barros Vidal, houve insuficiência técnica da defesa de Regina Saran Velasco, de 23 anos. O juiz explicou estar impossibilitado de sentenciar a acusada, que poderia ter sido condenada por falta de preparo do seu advogado Aloísio Sebastião de Lima. Por causa da decisão, o júri acabou sendo dissolvido. O julgamento foi adiado para o dia 26 de março, quando também serão julgados os skinheads Davi Alves do Santos Junior e Wanderley Cardoso de Sá. A decisão do juiz não agradou o advogado da ré, que classificou como absurda a posição do magistrado. O advogado falou que a medida do juiz se baseou no fato de que a defesa não se manifestou sobre a tentativa de homicídio, questão que, segundo ele, foi propositalmente deixada para a parte final do julgamento. Para os advogados do segundo acusado, Roberto Fernando Gros Dias, de 21 anos, a anulação do julgamento também prejudicou a defesa do réu. Os dois skinheads são acusados de matar o adestrador de cães Edson Néris da Silva, em 6 de fevereiro de 2000, na Praça da República, região central de São Paulo. O rapaz foi morto a socos e pontapés porque estaria de mãos dadas com outro homem. Quatro acusados já foram condenados e outros 12 ainda serão julgados.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.