Também houve disparos dentro do ônibus sequestrado no Rio, diz delegada

Informação preliminar da perícia aponta que a maioria dos tiros, porém, vieram de fora do coletivo

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Por Tiago Rogero
Atualização:

RIO - Dois policiais militares confirmaram, em depoimento na 6ª Delegacia de Polícia (Cidade Nova), que efetuaram disparos de pistola ontem à noite durante o sequestro ao ônibus na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio. Mas, de acordo com a investigação, a perícia também vai apontar tiros realizados de dentro para fora do coletivo. Cinco pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave.

 

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As testemunhas ouvidas informaram não ter havido disparos no interior do ônibus. Segundo a delegada-adjunta Sânia Cardoso, no entanto, as análises realizadas nesta manhã indicaram que, apesar de a maior parte dos tiros ter ocorrido de fora para dentro do coletivo, também há marcas no sentido contrário. Os resultados da perícia deverão ser divulgados ainda hoje. A perícia também vai avaliar se há algum projétil de arma que não seja da PM.

 

A delegada-adjunta ainda informou que um dos presos, Jean Junior da Costa Oliveira, 21 anos, é sobrinho do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira Mar. Ele foi detido depois de buscar atendimento no hospital particular São Lucas, em Copacabana, na zona sul da cidade.

 

"Solicitamos à Justiça a expedição de mandado de prisão preventiva contra o quarto integrante da quadrilha, Clerivan da Silva Mesquita, 19, reconhecido no banco de imagens da delegacia", disse a delegada. Ela não descarta a participação de um quinto elemento no sequestro, de acordo com o depoimento do motorista do ônibus.

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