Tasso diz que é cedo para comentar ´ponte´ oposição-governo

´Falar sobre entendimentos é fazer campanha para Lula´, diz assessor de Alckmin

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Por Agencia Estado
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O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), considera prematuro falar agora em entendimento entre oposição e governo para assegurar a governabilidade do País em um eventual segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Até o último dia da eleição, não é momento para falar em pontes", afirmou nesta terça-feira o senador, acrescentando que, independentemente do resultado eleitoral, o PSDB assumirá uma posição conjunta, ou seja, sem divisões. "Nesse momento, falar sobre entendimentos futuros é fazer campanha para Lula", reagiu o coordenador da campanha de Geraldo Alckmin ao Planalto, senador Sergio Guerra (PSDB-SE). Mesmo considerando que as investigações sobre a compra do dossiê contra tucanos pelo PT precisam ter continuidade, os tucanos estão cautelosos e preferem não fazer especulações. Empecilhos Mas todos são unânimes em afirmar que será necessário traçar uma estratégia única e dificultar o espaço político de um eventual governo Lula. A primeira providência depois de domingo será uma pausa para descanso e para reflexão. Ninguém sabe com certeza quem assumirá o canal de interlocução política entre governo e oposição depois dos ataques mútuos da campanha eleitoral. Entre os tucanos, todos reconhecem que os governadores eleitos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) devem manter bom relacionamento com o governo federal, mesmo porque dependem disso para o sucesso de suas administrações. Mas isso não significará adesão. Dentro do Congresso, ainda é uma incógnita. No Senado, por exemplo, o governo não tem interlocutores confiáveis. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) voltará desgastado com o suposto envolvimento na compra do dossiê e já não tem desfruta mais de confiança do PSDB e PFL. O petista com mais trânsito na oposição e que poderá ocupar a interlocução é o senador Tião Viana (AC). Inclusive está cotado para a liderança do governo. Por outro lado, O PSDB e PFL já conversam sobre o lançamento de um candidato comum para a presidência do Senado. Um dos nomes é o do senador Marco Maciel (PFL-PE). Se Lula for reeleito, o nome de Maciel poderá ser uma saída para atrair a oposição. "Para Lula seria bom, pois quebra o PFL", admitiu um senador do PFL.

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