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Tebet diz que "planinho de segurança" não adianta

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), defendeu há pouco uma ?mobilização nacional? para acabar com a violência no País, ao lamentar o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel. Segundo Tebet, o grau de insegurança no País chegou a níveis insuportáveis, atingindo indistintamente homens públicos e pessoas comuns, sem que tenham sido adotadas até agora ?medidas excepcionais? para tranqüilizar a população. ?Não é só ficar fazendo planinhos, não?, defende. ?Estamos precisando de medidas excepcionais para conter uma situação emergencial.? Ele citou o aumento do policiamento ostensivo como uma das medidas que devem ser adotadas com urgência. O senador alega que a ?ousadia dos bandidos? terminou destruindo a tese de que a insegurança seria provocada pelas deficiência sociais do Brasil. O quadro, na sua opinião, se deve ao aumento ?puro e simples da criminalidade? e como tal deve ser combatido. Neurose - O ex-secretário de segurança de São Paulo nos governos Montoro e Fleury, o presidente do PMDB, o deputado Michel Temer, atribui o aumento da criminalidade no Estado à falta de competência na condução das forças policiais. Segundo ele, as autoridades investem em equipamento para a segurança, mas se esquecem de valorizar o policial e de adotar procedimentos que facilitem o combate da violência. "A polícia precisa se sentir respeitada", diz Temer, acrescentando que o assassinato de Celso Daniel exige a adoção de "medidas emergenciais" capazes de devolver a tranqüilidade à população. Ele contou que esta manhã, enquanto dava uma caminhada em São Paulo, foi mais de uma vez alertado pelas pessoas de que poderia ser alvo de violência. O deputado atribui esse tipo de preocupação à uma espécie de "neurose" que tomou conta da população diante de repetidos atos de violência.

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